O presidente da Distrital de Setúbal do PSD, Paulo Ribeiro, exige que o Governo resolva o problema de falta de médicos do serviço de Obstetrícia do Hospital de Setúbal, situação que levou ao encerramento da urgência na semana passada e à demissão do diretor deste serviço.
“Este é um problema que se tem vindo a arrastar ao longo dos últimos anos. O PS prometeu mais médicos para o distrito, mas o que se pode constatar é que ao contrário do que foi garantido, cada vez existem menos médicos nos hospitais da região”, sublinha.
Paulo Ribeiro questiona como é possível o hospital da capital de distrito, que serve quase 200 mil habitantes, “encerre serviços de urgência por falta de médicos?”
“O Governo, a ministra da Saúde, têm de resolver este problema, sob pena de o mesmo se agravar e por em risco a prestação de cuidados de saúde à população”, acrescenta.
A Comissão Politica Distrital do PSD recorda que, segundo o Sindicato Independente dos Médicos, “de um quadro de pessoal que deveria estar dimensionado para 23 médicos, apenas existem 11. Desses, oito têm mais de 55 anos, mas continuam solidariamente a fazer urgências”, indicou o SIM, em comunicado, revelando que está previsto que até ao fim deste ano se aposentem cinco médicos.
Para o líder da Distrital de Setúbal “este problema já se arrasta há demasiado tempo”, lembrando que já em 17 de Fevereiro de 2020, a Ordem dos Médicos tinha alertado para a possibilidade de encerramento da urgência de obstetrícia do Hospital de São Bernardo, devido à saída de cinco médicos daquele serviço no final desse ano.
A propósito desta demissão, a Comissão Politica Distrital do PSD “manifesta solidariedade e apoio ao esforço desenvolvido pelos Diretores de Serviço do Hospital de São Bernardo, na tentativa de se evitar o colapso de alguns Serviços Hospitalares.” No entanto, “é indispensável garantir um financiamento adequado do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), o que terá que passar pela sua requalificação em termos dos parâmetros em vigor e definidos pelo Ministério da Saúde”.
“Para quando a resolução deste problema por parte do Governo?” questiona Paulo Ribeiro.