A Comissão Politica Distrital de Setúbal do PSD considera que os municípios da região, assim como o Ministério da Administração Interna falharam no processo eleitoral de votação antecipada para a eleição do Presidente da República.
“Aqueles que são os responsáveis pelo processo eleitoral, numa altura de especial importância e responsabilidade para com os cidadãos, deram um péssimo exemplo, quando se exigia organização, celeridade e capacidade de resposta”, sublinha o presidente da distrital socialdemocrata, Paulo Ribeiro.
Este domingo, 17 de Janeiro, decorreu o voto antecipado para as eleições presidenciais de 24 de janeiro.
Com um número recorde de inscritos, as autoridades eleitorais anteciparam a votação por causa da pandemia do coronavírus, com o objetivo de evitar uma forte afluência na data do primeiro turno.
Este tipo de voto antecipado já existe há vários anos no país, mas nestas eleições essa possibilidade foi ampliada devido à pandemia. Foram tomadas várias medidas para garantir a segurança do voto em mobilidade. Os doentes com a Covid-19 ou pessoas em isolamento profilático puderam solicitar o voto a domicílio, assim como idosos em casas de repouso. As inscrições aconteceram de 10 a 14 de janeiro, e o interesse dos portugueses foi quase cinco vezes superior ao das eleições passadas.
Paulo Ribeiro diz que, apesar de o número de votantes ser conhecido com antecedência, o que não sucederá no dia 24, “ficou claro que as autoridades não conseguiram responder ao próprio repto que lançaram à população, não disponibilizando meios, que evitassem as extensas filas que se formaram diante das insuficientes seções eleitorais.”
O dirigente do PSD lamenta que “quem tinha o dever fundamental de garantir o direito ao voto em segurança, tenha falhado” e espera que no próximo domingo as autoridades, Governo, Câmara Municipais e Juntas de Freguesia da região, “tenham uma resposta bem melhor, caso contrário será o caos completo”.