O presidente da Distrital de Setúbal do PSD, Paulo Ribeiro, defende uma intervenção célere e eficaz da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) no processo de vacinação contra a Covid-19, por considerar que estão a existir “desvios bastante graves” de dirigentes de instituições nesta matéria.
As notícias de vacinação indevida por parte de dirigentes de organismos públicos multiplicam-se, tais como a da Segurança Social de Setúbal ou de instituições sociais, como as Misericórdias de Montijo e Canha, levam Paulo Ribeiro a pedir uma “fiscalização mais apertada e preventiva” por parte das entidades competentes.
“Todos os dias aparecem novas notícias sobre dirigentes que se vacinaram, assim como familiares mais próximos, à margem da lei. Isto não pode acontecer. É gravíssimo”, acrescenta.
Ainda sobre o caso que envolveu, pelo menos, 126 funcionários da Segurança Social de Setúbal, onde se incluíram dirigentes, que foram vacinados contra a Covid-19, Paulo Ribeiro exige que o Governo esclareça rapidamente este assunto, não só quando à conduta da Segurança Social de Setúbal, mas também das responsabilidades da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) em todo este processo.
“Não é por a responsável distrital se ter demitido, que este processo fica encerrado. É necessário conhecer todos os seus contornos, de forma a punir os responsáveis e a evitar fraudes futuras”, adianta.
Setúbal, 01 de fevereiro de 2020